terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Se a Igreja é tão rica por que não vende seus tesouros? Papa Francisco responde


 Papa Francisco concedeu uma entrevista a uma revista holandesa e respondeu sobre os tesouros da Igreja.

Em dado momento o repórter perguntou: “Como Papa e Bispo de Roma, se sentiu, alguma vez, sob pressão para vender os tesouros da Igreja?”

“Esta é uma pergunta fácil. Não são os tesouros da Igreja, mas são os tesouros da humanidade. Por exemplo, se eu amanhã digo que a Pietà de Michelangelo será leiloada, não é possível, porque não é de propriedade da Igreja. Está em uma igreja, mas é da humanidade. Isso se aplica a todos os tesouros da Igreja”.

O Santo Padre recordou ainda: “Começamos a vender presentes e outras coisas que são dadas para mim. E os rendimentos da venda vão para Dom Krajewski, que é meu elemosineiro. E depois tem também a loteria. Há carros que foram vendidos ou cedidos em uma loteria e os recursos recolhidos utilizados para os pobres. Há coisas que se podem vender e essas se vendem”.

Do mesmo modo, explicou que “se fizermos um catálogo dos bens da Igreja, se pensa: a Igreja é muito rica. Mas, quando foi feito a Concordata com a Itália em 1929 sobre a Questão Romana, o governo italiano daquele tempo ofereceu à Igreja um grande parque em Roma. O papa na época, Pio XI, disse: não, eu gostaria apenas de meio quilômetro quadrado para garantir a independência da Igreja. Este princípio vale ainda hoje”.

“Os bens imóveis da Igreja são muitos, mas nós os usamos para manter as estruturas da Igreja e para manter muitas obras que são feitas em países necessitados: hospitais, escolas. Por exemplo, eu pedi para enviar ao Congo 50 mil euros para construir três escolas em lugares pobres; a educação é uma coisa importante para as crianças. Eu fui à administração competente, fiz este pedido e o dinheiro foi enviado”, explicou o Santo Padre.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Mulher atacada por demônios revela o poder da água benta contra o mal

 

Créditos: Wikimedia Commons

O padre exorcista Mons. Stephen Rossetti é conhecido por relatar muitas de suas experiências com o sobrenatural e partilhar testemunhos de pessoas que viveram na opressão demoníaca e conseguiram, pela força de Cristo e da oração, livrar-se do mal. Neste artigo, publicado no Diário de um Exorcista, ele conta sobre o incrível poder da água benta!

Mulher atacada por demônios revela o poder da água benta contra o mal

Depois de anos praticando as espiritualidades da Nova Era e várias formas de ioga, “N” agora vivencia muita opressão e obsessão demoníaca.

Sua mente e afetos estão obscurecidos e nebulosos. Há alguns meses rezamos por ela e ela está melhorando lentamente. Recentemente, ela tem tido ataques demoníacos na área do estômago. Sugeri que ela bebesse um pouco de água benta.

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Ela fez isso e ficou feliz em compartilhar com o mundo a sua experiência:

“Enquanto me sentia atacada por demônios na região do estômago, bebi três ou quatro grandes goles de água benta. O efeito foi quase imediato. Fui inundada por uma luz forte e muito clara vinda de cima.

A luz empurrou toda a escuridão para longe de mim por um momento, foi uma sensação física. Então eu senti minha mente clarear e de repente pude sentir que era mais de mim mesma de novo. Percebi que havia esquecido como é isso.

A névoa na minha mente se dissipou. Eu tenho uma nova perspectiva. Parecia que meu cérebro estava funcionando em um nível normal novamente. Tudo parecia leve, dizer ‘banhada em luz’ não seria um exagero.

Uma maravilhosa sensação de paz e clareza encheu toda a minha casa. Eu me senti muito grata e impressionada que apenas um gole de água benta poderia ser tão poderoso.”

A maioria das pessoas não tem uma experiência tão profunda com o uso da água benta, mas seu reflexo é um bom lembrete da importância dos sacramentais, especialmente da água benta.

Muitas vezes me lembro de uma citação semelhante da autobiografia de Santa Teresa D’Ávila (capítulo 31):

“De longa experiência, aprendi que não há nada como a água benta para fazer fugir os demônios e evitar que voltem… De minha parte, sempre que a tomo, a minha alma sente um consolo particular e notável. Na verdade, é bastante comum para mim estar consciente de um refrigério que não posso descrever, semelhante a uma alegria interior que conforta toda a minha alma. Isso não é fantasia, ou algo que aconteceu comigo apenas uma vez, aconteceu de novo e de novo e eu observei isso com atenção…”.

Isso pode parecer exagero para alguns, mas é bom lembrar algumas coisas importantes sobre a água benta.

A água é um elemento essencial da vida e estimula a vida; não há água no inferno. A água é uma parte essencial do batismo e a água benta deve nos lembrar desse sacramento fundamental.

A água benta é sacramental e seu poder vem da autoridade e do poder que Cristo dá à sua Igreja.

Uau, a água benta é poderosíssima! Você já tinha pensado sobre isso?




quarta-feira, 21 de abril de 2021

Psicologia Católica? Psicologia Tomista!

Existe uma “psicologia católica” ou uma “psicologia cristã”? Há uma psicologia que se coaduna, que combina seus elementos com a doutrina cristã? Se você se interessa por esta questão, é justamente isso que tratarei neste artigo.

Quem é o pai?

Existe a ideia de que a psicologia teria nascido com Freud, que ele seria o fundador da psicologia. Isso não é verdade. Sem desmerecer a valor do fundador da psicanálise, este é o seu lugar na psicologia: criador de uma abordagem, de um modo de entender a psique humana, que é o sistema psicanalítico.

A forma freudiana de entender o ser humano nasceu numa época em que já existiam a psicologia experimental, a psicologia fenomenológica, a psicologia proclamada pela filosofia e outras psicologias.

Aristóteles

Quem ofereceu uma primeira resposta respeitável acerca da psique humana foi Aristóteles, filósofo grego do século quarto antes de Cristo. Foi aluno de Platão e foi o preceptor, isto é, o formador de Alexandre, o Grande. Ele publicou seus estudos sobre as emoções humanas na obra Peri Psique, traduzida para o latim como De Anima, que em português significa Sobre a Alma. Vemos aqui que o termo psique corresponde ao termo alma no nosso idioma.

Pois bem, a produção intelectual aristotélica foi perdida no mundo latino, tendo subsistido no mundo intelectual árabe. As obras de Aristóteles chegaram no que hoje chamamos de Europa apenas no século XIII d.C. Essa grande “novidade” movimentou a intelectualidade medieval e despertou o interesse de Santo Tomás de Aquino.

Santo Tomás de Aquino

Santo Tomás é um gênio da filosofia e da teologia, sua obra monumental é um dos ápices da inteligência humana. Há autores que o consideram uma “máquina de pensar”. Com apenas dezoito anos de idade ele escreveu sua primeira obra.

Na sua Summa Teologica, ele sintetizou o conhecimento psicológico apresentado por Aristóteles e integrou-o ao conhecimento então atual. Uniu a sabedoria que Aristóteles havia atingido com apenas os recursos da razão, integrou-a à Sabedoria que nos foi dada pela Revelação Cristã. Deixou-nos como herança um amplo e completo tratado sobre a alma humana, que modernamente chamamos de emoções ou psicologia.

Emoções

Não é possível, num pequeno artigo, apresentar esta psicologia aristotélico-tomista, pois ela é muito ampla. Ela contextualiza as emoções no grande esquema das potências humanas. Estabelece comparações entre a capacidade de elaboração mental dos homens e dos animais, os ditos “brutos”, pois não possuem a razão, capacidade que distingue o ser humano dos outros animais. Podemos apenas tecer alguns comentários sobre esta psicologia.

Os termos precisos

É um sistema de grande precisão terminológica, que supera certas confusões da psicologia moderna, que é imprecisa quando fala, por exemplo, de sentimentos e emoções. A psicologia tomista classifica as paixões humanas em onze. “Paixões” é um termo equivalente ao que hoje chamamos de emoção.

Doenças emocionais

A desordem dos atos humanos relacionados às paixões são as doenças emocionais, que na época eram chamadas de “enfermidades da alma”. Do entendimento e identificação dos atos desordenados e dos meios de ordená-los, para o restabelecimento da saúde, resulta a Psicoterapia Tomista, isto é, uma forma de estabelecer uma relação de ajuda com a pessoa que está doente emocionalmente.

A Psicoterapia Tomista

A utilização da base de conhecimentos da psicologia tomista e a sua transformação em um sistema de psicoterapia nos moldes da nossa psicoterapia contemporânea foi realizada por psicólogos desde os anos 1940 até os nossos dias. Os dois maiores expoentes nesta tarefa são o canadense Robert Brennan e o argentino Martin Echavarria que atualmente dirige uma universidade em Barcelona.

Atualidade do Tomismo

Este sistema que chamamos Psicologia Tomista tem atualidade nos dias de hoje. Se a doutrina de Santo Tomás como um todo, que abarca a filosofia, a teologia e a psicologia, tem alguns pontos que foram superados pela evolução da ciência, o que é natural, a sua psicologia, pelo contrário, mostra grande atualidade em nossos dias.

A alma humana, suas paixões e emoções, ainda é a mesma, é aquela que foi sabiamente descrita por Aristóteles e por Santo Tomás de Aquino. Esta psicologia é totalmente aderente aos valores da fé cristã e perfeitamente conciliáveis com a ciência. É uma psicologia científica, no sentido amplo do termo ciência.

É interessante observar que os psicólogos tomistas utilizam toda a grandiosidade do sistema aristotélico-tomista, que abarca o ser humano em sua totalidade existencial e não apenas a sua vida cotidiana, ou seja, o seu aspecto imanente. Eles conciliam este conhecimento mais antigo com as recentes conquistas da ciência moderna.

Atualmente temos recursos para estudar o cérebro humano e também os fenômenos psicofisiológicos e as nuances do comportamento humano e do aparelho psíquico. Este novo conhecimento é integrado ao conhecimento já existente, ampliando-o e atualizando-o.

Esta possibilidade e abertura para integrar um conhecimento pré-existente às recentes descobertas enriquece a Psicologia Tomista, pois sendo ciência, esta evolui e se amplia através de novos conhecimentos.

Um Sistema Dialógico e Inter-religioso

A Psicologia Tomista é inspirada na obra de um doutor da Igreja Católica. Contudo, isso não significa que ela seja adequada apenas para os fiéis católicos. Pelo contrário, é uma psicologia que busca entender o ser humano e contribuir para a solução das suas desordens psíquicas sem doutrinação. Ela terá utilidade para o ser humano em geral, seja ele católico, espírita, evangélico, agnóstico ou ateu. Não é um sistema de conversão ou debate da fé, mas de psicoterapia.

Vou concluir este artigo assegurando a você que a Psicologia Tomista, como todos os demais sistemas de psicoterapia, não pode garantir resultado, ou seja, a remissão da doença emocional ou dos sintomas. No entanto, como os demais sistemas, é eficiente na solução de muitos casos e contribui para a melhoria da qualidade de vida e da existência de muitas pessoas.

Estamos vendo renascer um grande sistema, que trará benefícios às pessoas e à ciência da psicologia.