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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2021

 

campanha da fraternidade
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) abriram na manhã de hoje (17),Quarta-feira de Cinzas, a quinta edição da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE). A abertura foi realizada de forma simbólica e virtual com a divulgação de um vídeo com pronunciamentos de representantes das Igrejas que compõem o Conic.

Neste ano, o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica é “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, extraído da carta de São Paulo aos Efésios, capítulo 2, versículo 14.

Realizada pela CNBB todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Campanha da Fraternidade de 2021 é promovida de forma ecumênica, ou seja, em parceria entre várias Igrejas Cristãs.

A CFE 2021 quer convidar os cristãos e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual. Tudo isso através do diálogo amoroso e do testemunho da unidade na diversidade, inspirados e inspiradas no amor de Cristo.

A abertura virtual deve-se à escolha das entidades promotoras da Campanha como forma de prevenção da Covid-19. De acordo com o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a decisão foi tomada em comum acordo com a diretoria do CONIC, “para evitar aglomeração nesse momento em que a pandemia assume números que nos assustam”.

Para dom Joel, “é necessário dar testemunho a respeito da importância das medidas sanitárias” e, para isso, os “recursos informáticos” disponíveis serão utilizados.

Com informações e foto de Vatican News

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Homilia do Papa Francisco (19 out 2014)

2014-10-19 Rádio Vaticana
Acabámos de ouvir uma das frases mais célebres de todo o Evangelho: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» (Mt 22, 21).
À provocação dos fariseus, que queriam, por assim dizer, fazer-Lhe o exame de religião e induzi-Lo em erro, Jesus responde com esta frase irónica e genial. É uma resposta útil que o Senhor dá a todos aqueles que sentem problemas de consciência, sobretudo quando estão em jogo as suas conveniências, as suas riquezas, o seu prestígio, o seu poder e a sua fama. E isto acontece em todos os tempos e desde sempre.A acentuação de Jesus recai certamente sobre a segunda parte da frase: «E [dai] a Deus o que é de Deus». Isto significa reconhecer e professar – diante de qualquer tipo de poder – que só Deus é o Senhor do homem, e não há outro. Esta é a novidade perene que é preciso redescobrir cada dia, vencendo o temor que muitas vezes sentimos perante as surpresas de Deus.
Ele não tem medo das novidades! Por isso nos surpreende continuamente, abrindo-nos e levando-nos para caminhos inesperados. Ele renova-nos, isto é, faz-nos «novos» continuamente. Um cristão que vive o Evangelho é «a novidade de Deus» na Igreja e no mundo. E Deus ama tanto esta «novidade»!«Dar a Deus o que é de Deus» significa abrir-se à sua vontade e dedicar-Lhe a nossa vida, cooperando para o seu Reino de misericórdia, amor e paz.
Aqui está a nossa verdadeira força, o fermento que faz levedar e o sal que dá sabor a todo o esforço humano contra o pessimismo predominante que o mundo nos propõe. Aqui está a nossa esperança, porque a esperança em Deus não é uma fuga da realidade, não é um álibi: é restituir diligentemente a Deus aquilo que Lhe pertence. É por isso que o cristão fixa o olhar na realidade futura, a realidade de Deus, para viver plenamente a existência – com os pés bem fincados na terra – e responder, com coragem, aos inúmeros desafios novos.Vimo-lo, nestes dias, durante o Sínodo Extraordinário dos Bispos: «sínodo» significa «caminhar juntos». E, na realidade, pastores e leigos de todo o mundo trouxeram aqui a Roma a voz das suas Igrejas particulares para ajudar as famílias de hoje a caminharem pela estrada do Evangelho, com o olhar fixo em Jesus. Foi uma grande experiência, na qual vivemos a sinodalidade e a colegialidade e sentimos a força do Espírito Santo que sempre guia e renova a Igreja, chamada sem demora a cuidar das feridas que sangram e a reacender a esperança para tantas pessoas sem esperança.
Pelo dom deste Sínodo e pelo espírito construtivo concedido a todos, – com o apóstolo Paulo – «damos continuamente graças a Deus por todos vós, recordando-vos sem cessar nas nossas orações» (1 Tes 1, 2). E o Espírito Santo, que nos concedeu, nestes dias laboriosos, trabalhar generosamente com verdadeira liberdade e humilde criatividade, continue a acompanhar o caminho que nos prepara, nas Igrejas de toda a terra, para o Sínodo Ordinário dos Bispos no próximo Outubro de 2015. Semeámos e continuaremos a semear, com paciência e perseverança, na certeza de que é o Senhor que faz crescer tudo o que semeámos (cf. 1 Cor 3, 6).Neste dia da beatificação do Papa Paulo VI, voltam-me à mente estas palavras com que ele instituiu o Sínodo dos Bispos: «Ao perscrutar atentamente os sinais dos tempos, procuramos adaptar os métodos (...) às múltiplas necessidades dos nossos dias e às novas características da sociedade» (Carta ap. Motu próprio Apostolica sollicitudo).
A respeito deste grande Papa, deste cristão corajoso, deste apóstolo incansável, diante de Deus hoje só podemos dizer uma palavra tão simples como sincera e importante: Obrigado! Obrigado, nosso querido e amado Papa Paulo VI! Obrigado pelo teu humilde e profético testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja!No seu diário pessoal, depois do encerramento da Assembleia Conciliar, o grande timoneiro do Concílio deixou anotado: «Talvez o Senhor me tenha chamado e me mantenha neste serviço não tanto por qualquer aptidão que eu possua ou para que eu governe e salve a Igreja das suas dificuldades actuais, mas para que eu sofra algo pela Igreja e fique claro que Ele, e mais ninguém, a guia e salva» (P. Macchi, Paolo VI nella sua parola, Brescia 2001, pp. 120-121). Nesta humildade, resplandece a grandeza do Beato Paulo VI, que soube, quando se perfilava uma sociedade secularizada e hostil, reger com clarividente sabedoria – e às vezes em solidão – o timão da barca de Pedro, sem nunca perder a alegria e a confiança no Senhor.
Verdadeiramente Paulo VI soube «dar a Deus o que é de Deus», dedicando toda a sua vida a este «dever sacro, solene e gravíssimo: continuar no tempo e dilatar sobre a terra a missão de Cristo» (Homilia no Rito da sua Coroação, Insegnamenti, I, 1963, p. 26), amando a Igreja e guiando-a para ser «ao mesmo tempo mãe amorosa de todos os homens e medianeira de salvação» (Carta enc. Ecclesiam suam, prólogo).

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

É preciso ser misericordioso para seguir Jesus

A homilia do Santo Padre enfatizou o ensinamento do amor sem limites deixado por Jesus no Evangelho

Somente com um coração misericordioso é possível seguir Jesus, disse o Papa Francisco durante a Santa Missa presidida por ele nesta quinta-feira, 11, na Casa Santa Marta. O Pontífice destacou que a vida cristã não é autorreferencial, mas é doação até o fim, sem egoísmo. Somente assim será possível amar os inimigos, como Deus nos pede.
Francisco desenvolveu sua homilia a partir do Evangelho segundo Lucas, no qual Deus indica o caminho do amor sem limites. E destacou que Jesus pede que os homens rezem por aqueles que os tratam mal e colocou em ênfase os verbos utilizados pelo Senhor: “amai, façais o bem, bendizei, rezai, não rejeitais”.

“É justamente dar a si mesmo, dar o coração justamente para aqueles que nos querem mal, que nos fazem mal, para os inimigos. Esta é a novidade do Evangelho”, recordou o Santo Padre, lembrando que os cristãos são chamados a amar os seus inimigos, a fazer o bem sem esperar nada em troca.
Sua Santidade ressaltou que o Evangelho é uma novidade difícil de levar adiante, mas esse é o caminho cristão. E para seguir as vias indicadas por Jesus, fazendo o que Deus aconselha, é preciso ser misericordioso. “A vida cristã não é autorreferencial; é uma vida que sai de si mesma para dar-se aos outros. É um dom, é amor, e o amor não volta para si mesmo, não é egoísta: se dá”.
E recorda que a misericórdia é um pedido de Jesus, que também pede aos homens que não julgem uns aos outros, não condenem e saibam perdoar-se mutuamente. “Esta é a vida cristã”, resumiu o Santo Padre. “Pode parecer uma insensatez, disse, mas a vida cristã é, em certo sentido, insensata. É renunciar àquela astúcia do mundo para fazer tudo aquilo que Jesus nos pede para fazer”.
Este é o caminho de Jesus: o da magnanimidade, da generosidade, da doação de si mesmo. Francisco reconheceu que ser cristão não é fácil; é algo que só se pode conseguir com a graça de Deus, não com as forças humanas.
“E aqui aparece esta oração que devemos fazer todos os dias: ‘Senhor, dá-me a graça de me tornar um bom cristão, uma boa cristã, porque eu não faço isso. […] Peçamos ao Senhor a graça de entender o que é ser cristão e que Ele nos faça cristãos, porque nós não podemos fazer isso sozinhos”, conclui.

QUINTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2014, 7H29

Sem a Mãe Igreja, não se pode seguir adiante, diz Papa.

Papa Francisco destacou o caminho de sofrimento, aprendizado e obediência percorrido por Maria e pela Igreja, a exemplo de Jesus
Da Redação, com Rádio Vaticano
Assim como sem Maria não haveria Jesus, sem a Igreja não é possível seguir adiante. Essa foi a reflexão proposta pelo Papa Francisco na Missa desta segunda-feira, 15, na Casa Santa Marta, dia em que a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora das Dores.
Francisco disse que a liturgia, depois de mostrar a Cruz gloriosa (Festa da Exaltação da Santa Cruz celebrada ontem), mostra a Mãe humilde e mansa. Na Carta aos Hebreus, São Paulo destaca três palavras fortes: diz que Jesus aprendeu, obedeceu e sofreu. Jesus humilhou-se, fez-se servo, destacou o Papa, e esta é a glória da Sua Cruz.
“Jesus veio ao mundo para aprender a ser homem e, sendo homem, caminhar com os homens. Veio ao mundo para obedecer, e obedeceu. Mas aprendeu esta obediência pelo sofrimento. Adão saiu do Paraíso com uma promessa, a promessa que seguiu adiante durante tantos séculos. Hoje, com esta obediência, com este aniquilar a si mesmo, humilhar-se, de Jesus, aquela promessa se torna esperança. E o povo de Deus caminha com esperança certa. Também a Mãe, ‘a nova Eva’, como Paulo chama, participa deste caminho do Filho: aprendeu, sofreu e obedeceu. E se tornou Mãe”.
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2014