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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O Pai-Nosso – o certo é dizer "dívidas" ou "ofensas"?

"No Pai nosso o que é correto rezar: 'perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tenham ofendido', ou 'perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos as de nossos devedores'. Dizem que a tradução correta dos evangelhos originais de Matheus é a segunda hipótese. Henrique Sebastião se puder tirar esta minha dúvida eu agradeço. A paz de Jesus."

Como fica, então, subentendido, nesta postagem não é nosso objetivo meditar a oração do Pai-Nosso como um todo. – Seria bom fazê-lo, e possivelmente o faremos, se Deus o quiser. – Agora  procuraremos, com a Graça do mesmo SENHOR, resolver uma dificuldade que perturba alguns fiéis católicos que querem continuar seguindo com fidelidade a Sagrada Tradição através do Magistério perene da Santa Madre Igreja.

Há um provérbio popular que diz: "Ensinar o Pai-Nosso ao Vigário". Vivemos em tempos tão conturbados que este provérbio está se realizando "ipsis litteris", isto é, nas mesmas letras. Pois uns dizem: "Senhor Vigário, o senhor está errado porque está rezando no Pai-Nosso: 'Perdoai as nossas ofensas', e não 'dividas'". Já outros dizem: "Senhor Vigário, o senhor está errado porque está rezando no Pai-Nosso: 'perdoai as nossas dívidas', e não 'ofensas'".

Todos sabemos que foi Jesus quem ensinou o Pai-Nosso. Por isso é a oração mais perfeita e mais bela que existe. É a Oração do Senhor ou "Oração Dominical". "Dominus" em latim quer dizer "Senhor". Quão importante e necessário é que rezemos o Pai-Nosso como Jesus ensinou! Devemos rezá-lo não só com grande devoção mas também como Jesus rezou, portanto, com toda a fidelidade. Facilitá-lo é a finalidade desta postagem.

Dois Evangelistas relatam a passagem em que se narra como Jesus ensinou o Pai-Nosso: São Mateus (6, 9-13) e São Lucas (11, 1-3). Pelos estudos da Exegese parece que Jesus só se utilizou do aramaico, língua falada na Palestina naquela época, aliás muito parecida com o hebraico, idioma original dos judeus. Usava-se também o grego (língua da Ciência e da Filosofia) e o latim, por ser a língua oficial do império romano, ao qual estava sujeita a Palestina na época.

Concluímos com toda probabilidade que Jesus ensinou o Pai-Nosso em aramaico. São Mateus também escreveu seu Evangelho em aramaico. Já São Lucas escreveu o terceiro Evangelho em grego. São Lucas é o único que não pertence a raça judaica: nasceu em Antioquia, era médico e escrevia em grego. Possuía, inclusive, grande conhecimento desta língua, e o seu Evangelho, literária e historicamente, é o mais perfeito.

Quanto ao Pai-Nosso, os relatos de São Mateus e de São Lucas não são iguais: Lucas é mais sucinto. Por isso a Santa Madre Igreja adotou o de São Mateus completado com alguma palavra do de São Lucas. De São Mateus a Igreja adotou o Amém, segundo a Vulgata de São Jerônimo. Agora vamos ao ponto nevrálgico: dívidas ou ofensas?

Além de São Lucas, também São Marcos e São João escreveram em grego. São Jerônimo traduziu os quadro Evangelhos para o latim. Em São Mateus traduz empregando a palavra debita que quer dizer: "dívidas". De São Lucas traduziu peccata, que quer dizer: "pecados". A palavra empregada no aramaico por São Mateus corresponde no grego à palavra ofeilémata, que em português quer dizer exatamente "dívidas". São Lucas, porém, não empregou esta palavra, mas a substituiu pela palavra grega martías, que em português quer dizer exatamente "pecado". São Lucas assim o fez (e como já dissemos ele tinha um conhecimento profundo do grego) porque "pecado" era mais claro para os leitores gregos, enquanto que a palavra ofeilémata (dívidas), sugeria-lhes a ideia de obrigação financeira.

Por sua vez, São Mateus empregou a palavra aramaica que significava dívidas porque no aramaico a noção de pecado exprimia-se correntemente pela palavra "dívida". E a demonstração mais clara disto é o exemplo do próprio Cristo Jesus, que usou a parábola dos Servos Devedores, para mostrar que, se nós não perdoarmos as ofensas que nossos próximos nos fazem, também Ele não perdoa os nossos pecados. – Logo depois de ensinar o Pai-Nosso, Jesus disse: "Porque, se vós perdoardes aos homens as suasofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará os vossospecados. Mas, se não perdoardes aos homens, tão pouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados". (S. Mateus, 11, 14-15).



Vemos assim que já nas origens, partindo das próprias palavras do Cristo, haviam as duas palavras. Isto explica o porquê das diferenças, – aliás mais superficiais do que reais, – nos diversos idiomas do mundo, ao se rezar o Pai-Nosso. Fiz uma pesquisa e pude constatar o seguinte: Em Portugal já se rezava "ofensas" (o Pai-Nosso num livro de 1940 e no 'Pequeno Manual do Catequista' do célebre teólogo Perardi, editado em 1955 em LISBOA, na gáfica União, traz o Pai-Nosso em latim ao lado da tradução em Português, e lá está: 'Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido'); na França se rezava "offences", isto é, "ofensas" (Pai-Nosso num livro de 1914); na Itália se rezava "debiti", isto é, "dívidas" ( Pai-Nosso num livro de 1960); na Espanha se rezava "deudas", isto é, "dívidas" ( Pai-Nosso num livro de 1928).

No Brasil se rezava "dívidas", e não "ofensas". Depois do Concílio Vaticano II, os bispos do Brasil decidiram passar a rezar "ofensas", como em Portugal. D. Antônio de Castro Mayer não teve nenhuma dificuldade em aceitar a mudança e a impôs na Diocese de Campos, inclusive ao imprimir o Catecismo já usou o Pai-Nosso com esta modificação. O Padre Emanuel José Possidente, em 1972, quando imprimiu seus "Planos de Aulas" ('Explicação do Pequeno Catecismo') faz a explanação do Pai-Nosso segundo a mudança, ou seja, "perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos têm ofendido".

Numa posterior reunião do clero, um dos sacerdotes da atual Administração Apostólica São João Maria Vianney apresentou objeção, aceita no momento por seus pares; D. Antônio de Castro Mayer voltou atrás e mandou que se continuasse rezando o Pai-Nosso como até então sempre fora o costume no Brasil, com "dívidas" no lugar de "ofensas"1. – Aconteceu que , com a vinda do novo Bispo, D. Carlos Navarro, houve a famosa divisão na Diocese de Campos, porque o Bispo expulsou os padres da Administração de suas paróquias. Assim, o povo que ficou do lado do novo Bispo rezava o Pai-Nosso com a mudança ('ofensas') e os da Administração continuaram com a versão tradicional ('dívidas'). – Isso criou no povo uma ideia errada de que rezar "nossas ofensas" seria sinal de progressismo. Os próprios padres da Administração, porém, reconheceram que pela estudo exegético e histórico a mudança realmente não envolvia nenhum progressismo. Quem poderia tachar de "progressistas" o Santo Cura d'Ars ou Santa Terezinha, porque rezavam : "Pardonnez-nous nos offenses, comme nous pardonnons à ceux qui nous ont offensés", (Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido)?.

Portanto, tal diferença já havia antes do Concílio Vaticano II, e mesmo que tivesse advindo deste, não haveria aí nenhum problema. A realidade precisa ser vista objetivamente. Não sabemos dizer se a mudança ocorreu apenas no Brasil ou também em outros países onde que se rezava "nossas dívidas". – Se alguém souber e puder nos esclarecer, ficaremos muito agradecidos.


1. Conf. informações da página mantida por sacerdote da Administração Apostólica São João Maria Vianney, "Zelo Zelatus Sum", ref. fonte espec. abaixo.

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Adaptado do artigo "O Pai-Nosso", do site "Zelo Zelatus Sum", disponível em:

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O que significa ser católico?












por 


Um jovem me fez esta pergunta. Disse que há algum tempo está em crise de fé e tem buscado a solução em igrejas evangélicas. Em uma delas, ao confessar-se católico, ouviu dizer que a palavra “católico” nem sequer está na Bíblia. Ficou com esta dúvida intrigante. Queria uma resposta, pois já estava começando a pensar que seus amigos tinham razão e que seria melhor mesmo mudar de igreja.
Pedi que ele abrisse a sua Bíblia no Evangelho de Mateus, capítulo 28, versículos 18b-20. Utilizarei aqui a tradução mais popular nas bíblias evangélicas (Almeida, corrigida e fiel):
“É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convoscotodos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
Você percebeu que fiz questão de colocar em negrito uma palavrinha que aparece de modo insistente no texto: TODO. Jesus tem todo o poder; devemos anuncia-lo a todos os povos, guardar todo o seu ensinamento na certeza de que estará todos os dias conosco. Esta ordem de Jesus foi levada muito a sério pelos discípulos. Em grego a expressão “de acordo com o todo”, pode ser traduzida por “Kat-holon”. Daí vem a palavra “católico” (em grego seria: Καθολικός). Ao longo do primeiro e segundo séculos os seguidores de Jesus Cristo começaram a ser reconhecidos como “cristãos” e “católicos”. As duas palavras eram utilizadas indistintamente. Ser católico já significava “ser plenamente cristão”. O catolicismo, portanto, é o cristianismo na sua “totalidade”. É a forma mais completa de obedecer o mandato do Mestre antes de sua volta para o Pai. O mesmo mandado pode ser lido no Evangelho de Marcos 16,15: “Ide e pregai o evangelho a toda criatura”. Há, portanto, uma catolicidade vertical, que é ter o Cristo todo, ou seja ser discípulo; e uma catolicidade horizontal, que é levar o Cristo a todos, ou seja, ser missionário. Isso é ser católico: totalmente discípulo, totalmente missionário, totalmente cristão!
Ao que tudo indica o termo “católico” se tornou mais popular a partir de Santo Inácio de Antioquia (discípulo de São João), pelo ano 110 dC. Pode significa tanto a “universalidade” da Igreja como a sua “autenticidade”. Quase na mesma época São Policarpo utilizava o termo “católico” também nestes dois sentidos. Santo Agostinho utilizou o termo “católico” mais de 240 vezes em seus escritos, entre 388-420. São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo e doutor da Igreja, dizia: “A Igreja é católica porque está espalhada por todo o mundo; ensina em plenitude toda a doutrina que a humanidade deve conhecer; conduz toda a humanidade à obediência religiosa; é a cura universal para o pecado e possui todas as virtudes” (Catechesis 18:23). Veja que já está bem claro os dois sentidos de “Católico” como “universal e ortodoxo”. Durante mil anos os dois significados estiveram unidos. Mas por volta do ano 1000 aconteceu um grande cisma que dividiu a igreja em “ocidental e oriental”. A Igreja do ocidente continuou a ser denominada “Católica” e a Igreja do oriente adotou o adjetivo de “Ortodoxa”. Na raiz as duas palavras remetem ao significado original de Igreja “autêntica”.
Santo Tomás de Aquino (1225-1274), grande teólogo ocidental, desenvolveu uma teologia da catolicidade. A Igreja seria “universal” em três sentidos: a) Está em todos os lugares (cf. Rm 1,8) e pode ser militante na Terra, padecente no purgatório e triunfante no céu; b) Inclui pessoas dos três estados de vida (Gal 3,28): leigos, religiosos e ministros ordenados; c) Não tem limite de tempo desde Abel até a consumação dos tempos.
A Igreja católica reconhece que cristãos de outras igrejas pode ter o batismo válido e possuir sementes da verdade em sua fé. Porém, sabe que apenas a Igreja católica conserva e ensina sem corrupção TODA a doutrina apostólica e possui TODOS os meios de salvação.
Devemos viver e promover a sensibilidade ecumênica promovendo a fraternidade com os irmãos que pensam ou vivem a fé cristã de um modo diferente. Mas isso não significa abrir mão de nossa catolicidade. Quando celebramos a Eucaristia seguimos à risca o mandato do Mestre que disse: “Fazei isso em memória de mim!” A falta da Eucaristia deixa uma grande lacuna em algumas Igrejas. Um pastor evangélico, certa vez, me disse que gostaria de rezar a ave-maria, mas por ser evangélico não conseguia. Perguntei por quê? Ele disse que se sentia incomodado toda vez que lia o Magnificat em que Maria proclama: “Todas as gerações me chamarão de bendita” (Lc 1,48)… e se questionava o por quê sua geração tão evangélica não faz parte desta geração que proclama bem-aventurada a Mãe do Salvador!
Realmente, ser católico é ser totalmente cristão!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Hoje é dia dos três arcanjos.

A Igreja Católica considera três arcanjos, Gabriel, Rafael e Miguel. Mas a Bíblia fala em apenas um, Miguel. Em outras tradições, eles são sete, enquanto para os protestantes eles nem existem, pois o livro que cita Miguel não é considerado pelos protestantes... O fato é que, na tradição católica, eles são três, e hoje é o dia deles.


Sobre São Miguel
Jovem, belo, vigoroso, ele age sempre com bondade, misericórdia, sendo a luz Divina da transformação, da coragem, da ousadia e da inspiração.
Trabalha incansavelmente a favor da cooperação, da reconciliação, do viver em paz, ajuda a romper as barreiras do mal. Que Divino é São Miguel Arcanjo!
Agora é com você. Aproveite esta oportunidade e preste uma homenagem a ele. Através da Oração a São Miguel Arcanjo, peça muito amor, proteção, paz, harmonia, humildade, misericórdia, sinceridade no coração, bondade, coragem, luz de transformação para você e para o mundo todo.
E por que não pedir um milagre? Faça a Limpeza dos Anjos e peça a ele com toda a força do seu coração.
Oração a São Miguel Arcanjo
“Glorioso Príncipe do Céu, protetor das Almas,
Eu Vos chamo e invoco para que me livreis
de todo pecado,
fazendo-me progredir no serviço de Deus
e conseguindo-me dele
a graça da perseverança final,
que me faça gozá-la eternamente. Amém.
São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate,
cobri-nos com Vosso escudo contra
embustes e ciladas do maligno.
Subjugue-o Deus, instantaneamente os pedimos,
E Vós príncipe da milícia celeste,
precipitai ao inferno a Satanás e a
todos os espíritos malignos que andam pelo mundo a
perder as almas. Amém”.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Como se comportar em uma Santa Missa?

Primeiramente, é bom chegar à igreja um pouco antes do horário. Ter um tempo para entrar na atmosfera da liturgia facilita o envolvimento com o Mistério da Santa Missa.
Lembrando que igreja é lugar de oração, de contemplação, de silêncio. Portanto, mesmo que outras pessoas não respeitem isso, faça você a sua parte. Se precisar falar seja sóbrio, para que a sua fala não atrapalhe os fiéis em suas orações.

Quando a Missa se inicia, o sacerdote é Cristo. Ele age na pessoa de Cristo, Cabeça da Igreja. Nesse sentido, não importa sua roupa, seu testemunho, ou tampouco sua pregação. Merece todo respeito e reverência que esta posição lhe impõe.
Palmas e mãos para o alto (como os dançarinos de axé fazem) não fazem parte dos gestos litúrgicos, mas também não podem ser consideradas como uma “afronta” à liturgia dada a permissão de se inserir ritmos musicais populares no rito. Porém, convenhamos que, tanto esses gestos quanto determinados ritmos musicais não se encaixam com a atmosfera da sagrada liturgia. Evitemos!

Compreenda e se envolva espiritualmente com cada momento litúrgico. Ato penitencial, Glória, homilia, Cordeiro de Deus, consagração, ação de graças... Envolva-se também fisicamente com esses momentos, mantendo a devida postura e executando os gestos prescritos, como: inclinação, ajoelhar-se, etc.
Ao receber a Sagrada Comunhão, a receba da forma mais digna que puder. Você pode receber a Eucaristia de joelhos diretamente na boca, de pé diretamente na boca, ou na mão. No caso da última, tenha todo o carinho e zelo para que nenhuma pequenina partícula se perca, pois ali ainda está o Corpo de Cristo.
Após a comunhão, existe um momento de extremo silêncio e adoração. Não se preocupe com a música, com o que o padre ou os ministros estão fazendo, tampouco com a roupa ou o cabelo da paroquiana que está na frente. Cristo está em você e só isso lhe importa neste momento. Silencie e ore.
Se levar crianças para a Santa Missa, eduque-as. Igreja não é lugar de brincar, de correr e muito menos de comer pipoca.

E, por fim, quando a liturgia termina e o diácono ou o sacerdote se despede da assembléia, espere a procissão de ministros sair em direção à sacristia para depois se despedir das pessoas e se retirar da igreja.
Seguindo essas dicas, com certeza, conseguirá vivenciar melhor este grande Mistério.



A paz de Cristo!

domingo, 29 de junho de 2014

Sinais, Gestos e Símbolos da Santa Missa.


Desde os primeiros séculos, os cristãos sentiram a necessidade de expressar seus louvores a Deus através de gestos, símbolos e sinais, que fossem também compreensíveis a todas as pessoas. Assim, com o passar dos séculos, a Liturgia da Missa se desenvolveu e se enriqueceu. Para aproveitar as inúmeras graças concedidas durante a Santa Missa, todo fiel deve tentar conhecê-la melhor e não simplesmente repetir o que os outros fazem ou dizem, sem saber o porquê. A Missa compreendida pode ser mais amada, e muito bem amada! No entanto, ninguém ama aquilo que não conhece e, dessa forma, acaba por não se beneficiar tanto quanto poderia.


Gestos, Símbolos e Sinais

Assim como toda a nossa vida, também a Missa é formada por gestos, símbolos e sinais. São meios humanos para expressar a adoração, a reparação, o agradecimento e as súplicas que podemos elevar a Deus, além de nossas intenções pessoais. Obviamente, tudo isso possui significado específico dentro da Missa, que deve ser celebrada e assistida de maneira lúcida e não de qualquer modo; em caso contrário, perdem o seu imenso, tremendo valor. Quando fazemos algo sem saber o seu significado e o seu motivo, que valor poderá ter para Aquele a quem é dirigido? Portanto, toda Liturgia é formada por estes três elementos: Sinal, Símbolo e Gesto.



Sinais – Sinal é o que nos faz lembrar ou que representa algo, seja um fato ou um fenômeno, presente, passado ou futuro. Para deixar um exemplo vulgar, quando colocamos galhos ou ramos de árvores em uma curva na estrada, alertamos aos outros carros que pode haver um acidente ou veículo parado na estrada, logo após a curva. Podemos dizer que o sinal ou figura é sempre menor que o seu significado. Um outro e melhor exemplo de sinal, dentro do ambiente cristão, é o uso da vela: a chama de uma vela acesa pode significar a Luz Divina ou claridade da vida eterna, que nunca se acaba. Observe que ambos os exemplos, mundano e Sagrado, são do conhecimento Universal.






Símbolos – O símbolo, ao contrário do sinal, exige um conhecimento especial prévio. Pode não representar nada para as pessoas que não convivem num determinado meio ou não pertencem a certo ambiente. Os primeiros cristãos desenhavam cruzes e peixes nas catacumbas onde se escondiam da perseguição romana. Por que peixes? Porque a palavra "peixe", em grego (IXTUS), correspondia à abreviação da expressão "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador".




Gestos – Os gestos são movimentos que fazemos com nossos braços, mãos, pés, cabeça, etc., ou, ainda, com todo o nosso corpo, e que também possuem significados. Na Missa, os gestos devem ser sinceros, pois são dirigidos ao Sagrado. E quando todos fazem o mesmo gesto, demonstra-se a unidade da comunidade. Unir as palmas das mãos durante a oração significa súplica e entrega a Deus; ajoelhar-se pode significar adoração; inclinar a fronte significa concordância; elevar as mãos pode significar louvor e/ou ação de graças. Sentar-se com o tronco ereto e o corpo voltado para o Altar significa atenção.


Quando se evoca a Presença Real de Jesus Cristo na Comunhão Eucarística, é importantíssimo que você compreenda a maravilha e a magnitude do que ocorre naquele momento: o Apóstolo São Paulo diz que quem se aproxima indignamente da sagrada Mesa, come e bebe sua própria condenação (1Cor 11, 28-29). É difícil ser mais severo do que isso, e com toda a justiça! Quando o Corpo e o Sangue de Cristo forem elevados pelo sacerdote, adore e agradeça. Aproxime-se da Sagrada Eucaristia com reverência: é Deus mesmo que você vai receber!
Antes e acima de tudo, lembre-se: você deve assistir à Santa Missa com gratidão e alegria no coração; com devoção, profundo amor e reverência. Você está participando da Renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo para a sua salvação e de toda a humanidade. Nunca se esqueça do quão importante é isto.

domingo, 21 de abril de 2013

Católicos voltem para casa.

Vá até o final da página e dê pause no rádio para escutar o vídeo!


segunda-feira, 11 de março de 2013

Os desafios do novo Papa

O pontificado do Papa Bento XVI ficará marcado, sobretudo, pela luta contra o que chamou de "ditadura do relativismo". O grande fio condutor de seu magistério foi a busca pela unidade entre a fé e a razão. Duas palavras quase que antagônicas em um mundo cada vez mais hostil à religião. Numa época dominada pelo ceticismo e pelo secularismo, falar de Deus e de sua vontade não é uma tarefa fácil, mesmo para um teólogo da envergadura de Joseph Ratzinger. O que torna o legado do papa alemão ainda mais vigoroso, dada à qualidade e originalidade dos seus pronunciamentos. Se por um lado, os percalços encontrados durante esses oito anos tenham retardado, em certo sentido, o projeto de Bento XVI, por outro, o novo pontífice contará com um imenso patrimônio deixado por seu predecessor. Uma arma valiosa na luta contra a mundanização do cristianismo.

O início do novo pontificado já promete algumas tribulações. Mesmo antes do Conclave começar, a cúria romana precisou lidar com as pressões vindas da mídia, principalmente para que se eleja um cardeal alinhado aos seus "padrões". A situação rendeu uma intervenção do Cardeal Camerlengo Tarcísio Bertone, que acusou os meios de comunicação de tentar manipular a opinião pública, "muitas vezes com base em avaliações que não colhem o aspecto tipicamente espiritual do momento que a Igreja está vivendo". Por outro lado, dentro do colégio cardinalício também há questões pendentes. O relatório do caso Vatileaks, um dos episódios mais conturbados da era Ratzinger, pode pesar na decisão dos cardeais, embora o Papa Emérito tenha decidido manter os documentos em sigilo até a posse do novo pontífice.

As Congregações Gerais que precedem o Conclave começaram hoje, 04/03. Neste período, os cardeais poderão, além de meditar e rezar pelo futuro da Igreja e pelo próximo papa, conversar entre si a respeito das diversas situações delicadas vividas nos últimos anos: A reforma litúrgica, a relação com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, os escândalos de pedofilia, a desobediência do clero e o diálogo com as demais religiões. Questões que não tiveram um desfecho durante o pontificado de Bento XVI, apesar dos inúmeros avanços. Pesa sobre o novo pontífice o dever de enfrentá-las.

Todavia, os casos citados acima não são os únicos problemas que o Santo Padre terá de resolver. O obscurecimento da razão humana é, provavelmente, a maior chaga da sociedade moderna. A perda do sentido da vida, a relativização do matrimônio entre um homem e uma mulher, o avanço das seitas sobre a religiosidade do povo, a perseguição aos cristãos nos países orientais e as leis contrárias à moral católica das nações ocidentais devem causar grandes preocupações. Certamente, a situação não é das melhores. Diante dos ouvidos moucos dos governantes e de uma sociedade pós-cristã, a Igreja parece ser a única a apelar para o juízo e para a natureza do ser humano.

Por fim, não se pode perder de vista também que a Igreja é a Igreja do martírio. Neste sentido, vale lembrar uma pequena reflexão do cardeal americano, Dom Francis Eugene George - Arcebispo de Chicago - feita para os padres de sua Arquidiocese sobre o futuro da Igreja: "Eu espero morrer na cama, meu sucessor morrerá na prisão e o seu, num martírio em praça pública. E o seu sucessor juntará os cacos de uma sociedade arruinada e lentamente ajudará a reconstruí-la, como inúmeras vezes fez a Igreja na história humana". Esse será o trabalho dos próximos papas: reconstruir a civilização.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Tenho orgulho de ser católico.


  

Sou evangélico que propaga o evangelho do meu Senhor.

 Sou crente que crer nas promessas de Deus.
 Sou cristão, porque amo e sigo Jesus Cristo.

 Sou ecumênico, porque amo e aceito a todos os irmãos da minha fé e de quem não é.
 E por fim eu digo, sou católico,sou universal,vivo o meu batismo,e o meu pentecoste. Eu congrego, sou assembléia, mas no

 final das contas,digo:sou feliz por ser católico.(Diário de Leonardo de Santana, 28 de julho de 2010)